Box Car Racer é uma banda, é um álbum, é um projeto.
Ou melhor, foi.
É comum no mundo pop ouvir bandas que são chamadas de One Hit Wonder, por emplacarem uma única música nas rádios e depois sumirem completamente. Os anos 80 foram especialmente recheados delas! Deixa eu dar uma olhadinha rápida no iTunes aqui:
- EMF – Unbelievable
- Dan Hartman – I Can Dream About You
- Falco – Rock Me Amadeus
- Fine Young Cannibals – She Drives Me Crazy
- Fire Inc. – Nowhere Fast
- Gazebo – I Like Chopin
- Glenn Frey – The Heat Is On
- …
E a lista segue, indefinidamente.
Mas diferente destas bandas de uma única música, o Box Car Racer é uma banda de um único disco. Aliás, o criador a considera um projeto e não uma banda. Ele compôs tudo sozinho, chamou outros músicos para o estúdio, gravaram e foi isso. Não haverá segundo álbum.
O mentor do projeto/banda é o Tom Delonge, vocalista e guitarrista da banda pop punk blink-182. O blink, você sabe.
Como toda a genialidade do compositor foi concentrada e canalizada em um único projeto, o resultado é um álbum diferente, denso, experimental, inspirado. Não é blink, não é punk, não é hardcore, não é pop. Se você gosta ou não de blink, não importa: ouça este álbum.
O baterista do blink Travis Barker também toca nesse projeto. Aliás, como batera ele é realmente phodalhão. O cara toca muito, e além da técnica e velocidade, tem uma criatividade invejável. Nesse projeto ele ficou livre para criar, então se você é baterista ou gosta do instrumento, aprecie sem moderação.
Se por um lado é ruim não poder ter “mais do mesmo” já que este álbum é filho único, por outro lado é um privilégio ouvir o resultado de um trabalho focado e inspirado. Recomendo++.