Fui convidado a participar da I Semana de Software Livre na UFPR, a Universidade Federal do Paraná. O evento foi composto de palestras de segunda a sexta e um "Install Fest" de Linux no final, tudo na faixa, FREE, gratuito.
A minha palestra foi na terça e gostei muito de falar com os futuros profissionais da informática nacional. E melhor, o auditório estava LOTADO!
Meus agradecimentos ao PSL-PR, ao Paulo Henrique Santana e ao Eduardo "gaúcho" pela oportunidade e apoio.
30.Mar.2004 ::: Como Ser um Desenvolvedor de Software Livre
Estudei na UFPR em 1997, e agora, sete anos depois, lá estava eu novamente no Centro Politécnico. Ainda bem que dessa vez sem precisar assistir às aulas de Cálculo :)
A palestra foi no auditório Léo Groismann, que tem capacidade para 120 pessoas sentadas. A maior palestra que eu já tinha ministrado até então contou com cerca de 40 pessoas.
Foi chegando o horário de começar e o auditório foi enchendo, enchendo e encheu. Caramba, 120 pessoas! E melhor, continuou chegando gente e foram se amontoando, sentando no chão, no palco, e somando tudo a organização contou 150 pessoas!
No final, conversando com os organizadores, fiquei sabendo que tinha muita gente de fora, como da PUC e do Estadual, e pessoas de outros cursos, como Enfermangem. Enfermagem? Pois é, também não entendi :)
O início estava marcado para as 19 horas, mas comecei uns 10 minutos depois. É que alguns professores estavam liberando suas turmas para assistir a palestra, então tinha que dar um tempinho para que eles pudessem chegar até o auditório.
Infelizmente, depois fiquei sabendo que muitas pessoas não puderam assistir porque simplesmente não tinha mais espaço e não conseguiram entrar. É... realmente essa palestra me pegou desprevinido. Esperava umas 50 cabeças no máximo e de repente o auditório estava lotado.
Até deu um frio na barriga e um nervosismo inicial. Também pela primeira vez usei um microfone (óóóóóó), e posso afirmar que prefiro ficar gritando do que me enrolando nos fios...
Mas logo que comecei a falar o nervosismo já foi embora e língua descontrolada tomou conta do corpo, só parando quase duas horas depois. O nariz também fez a sua cena, coçando insistentemente durante todo o tempo. Depois que eu fui saber que o lugar ficava sempre fechado, e aquele cheiro forte, meio mofo, atacou minha alergia.
O material foi o de sempre, um computador com um projetor para mostrar os slides da palestra. Mas o conteúdo é muito extenso e duas horas é pouco. Acabei deixando os slides de lado e falei tudo na ordem em que os temas apareciam, ficou mais dinâmico e consegui falar tudo.
É muito fácil falar sobre as próprias experiências, me sinto o próprio Forest Gump, só contando histórias. E ao mesmo tempo acho que o conteúdo é mais palpável e confiável, pois não foi "um amigo me contou que..." ou "segundo o livro tal..." e sim "aconteceu comigo".
O pessoal parece ter gostado. Deram bastante risadas nas piadinhas, o que demonstra que pelo menos estavam prestando atenção e ficaram até o final, não havendo aquela evacuação gradual.
No dia seguinte recebi o retorno de que o pessoal realmente tinha gostado e se empolgou com o tema. Beleza! Missão cumprida.