Esse sábado o Nissin (guitarrista da banda) veio aqui em casa e papeando sobre jogos, fui mostrar para ele o Full Throttle. A última vez que joguei já fez aniversário de 10 anos, não lembrava de absolutamente nada.
Assistimos a introdução e sem dar dicas, deixei que ele experimentasse o jogo. Não há instruções, não tem help, não tem Clippy. E nem precisa! Somente com desenhos, sons e diálogos o jogo “se explica” e o controle é feito com o mouse. Nada de joystick ou teclado.
Saiu da lata de lixo, falou com o cara do bar, pegou a chave da moto, … e cinco horas depois, chegamos na porta da fábrica da Corley Motors. Já passava da meia-noite e o que era para ser um “Olha que legal esse jogo. Massa. Pode crer.” virou uma jogatina divertida de horas a fio.
Impossível algo parecido com esses jogos novos joiados 3D palhas de PlayStation e assemelhados. Seu realismo é plástico, a jogabilidade é complicada e as personagens são vazias e sem carisma.
Eu parei no Super Nintendo, dali para frente os jogos ficaram chatos. Deixaram de ser lúdicos para ficar tentando imitar o mundo real. Prezam o primor visual e qualidades técnicas, deixando o conteúdo de lado.
A realidade virtual poligonal e multiprocessada não consegue fazer jogos gostosos de jogar como um Street Fighter II (original, 8 personagens para escolher, sem mods), um Super Mario World ou qualquer adventure da Lucas Arts (Full Throttle, The Dig, Day Of The Tentacle, Monkey Island e outros). Todos estes jogos rodam no computador (Mac, Linux, Windows), basta instalar os emuladores Snes9x e ScummVM.
Ah, por falar em SFII, uma vez eu e o Nissin nos quebramos durante horas em 79 lutas seguidas, terminando com empate técnico de 40 a 39. Mas essa é outra história…