Após 7 anos de militância ativa pró-pingüim, hoje completo 365 dias sem usar o Linux. E estou feliz :)
A história é inusitada. Em outubro do ano passado eu comprei um iBook para colocar Linux nele. Em um raro acesso de não-conservadorismo, resolvi experimentar um pouco o tal do Mac OS X fru-fru, para poder falar mal depois.
Os dias passaram e quando fui me dar conta já estava usando o sistema há mais de uma semana, em casa e no trabalho. E o pior: estava gostando, muito.
Era tudo diferente, porém estranhamente natural e instintivo.
Foi um mundo que se revelou, soluções diferentes para problemas conhecidos. Então entendi o slogan da Apple: “think different”. É bem isso mesmo, pensar diferente.
Foi muito difícil se libertar dos vícios do Linux de sempre querer editar .conf, reiniciar serviços, ler manpages/README/HOWTO, monitorar processos, se preocupar com dependências de pacotes e ter sempre aquela incredulidade que algo vá funcionar de primeira.
Foram alguns meses para eu me acostumar com esse negócio estranho de tudo simplesmente funcionar. O “just works” nunca fez tanto sentido.
São doze meses de uso diário e intenso e ainda não sei quase nada sobre o seu kernel, drivers, serviços, daemons, subsistemas… E nem quero saber! Quero é dirigir o carro, e não aprender mecânica. Assim posso ocupar todo o meu tempo na máquina com as coisas que gosto de fazer.
Isso parece tão simples agora, mas foi necessário eu me sujar de graxa primeiro, para hoje perceber como é bom ser um “usuário final”.
Atualização: Veja a continuação deste texto, um ano depois: Dois anos de Mac OS X.