Aproveitando o feriado de um dia de Corpus-Cristi, fomos fazer a tradicional (e cansativa e perigosa) subida do Morro Marumbi, num grupo de 6 pessoas, todos funcionários da Conectiva: eu, Milene, Baretta, Cleidiane, Kojima e Gump.
Tudo começa de manhã cedo, muuuuito cedo, indo até a Rodoferroviária pra comprar as passagens de trem, que sai às 8 da madrugada. São 17 paus a ida e 5ão a volta. Isso na classe "econômica"...
Já no rapidíssimo veículo locomotivo, contemplamos a paisagem alucinante da Serra do Mar numa viagem que dura 2 horas, com direito a salgadinho e lata de guaraná "na faixa". Massa que estava um sol forte, e pra isso acontecer em nosso maravilhoso inverno chuvoso, tem que ser um dia muito especial.
E aqui uma visão global do nosso desafio do dia, o Marumbi. Para se ter uma idéia de seu tamanho, aquela faixa horizontal que o corta é a linha do trem... Nosso objetivo é subir dali até láááááá o topo.
Já mais perto, uma foto tirada dos pés do monstro, e uma visão mais detalhada de nosso objetivo: o Pico Abrolhos. É aquela ponta no meio, estreita, que é separada do resto da montanha. Esta visão antes da subida é legal, mas não dá tanta emoção quanto olhar na volta, após horas de caminhada, aí você não acredita que subiu até lá.
Então mãos e pés à obra. O caminho é basicamente pedra e terra com raízes de árvores, numa mata fechada, então não se vê a paisagem além das árvores, dando uma falsa sensação que não se está subindo muito... E vamos seguindo, parando para descansar, tomar água e comer algo, andando, se pendurando, pulando...
Para auxiliar alguns trechos muito íngrimes ou de pedra, foram colocados "grampos" de aço para apoio e também correntes e cordas para segurar e escalar. Mais perto do topo há trechos longos, com cerca de 15 a 20 grampos seguidos, onde se sobe tipo uma escada, na vertical, com 90 graus de inclinação da pedra. E como nestes trechos é só pedra e não têm árvores próximas, clareia o caminho te mostrando o quão alto você está. É subir e não olhar pra trás.
E após 3 horas de escalada, alcançamos no Pico Abrolhos. Ali foi o "almoço" e é claro, o descanso e a contemplação da paisagem, que fala por si própria...
Depois de cerca de 1 hora de estadia no topo, começamos a descida. Se as escadas de grampos já eram um desafio na ida, voltando de costas então é outra emoção. Escorregões e neguinho se agarando nos galhos pra não cair também faz parte da volta, que durou 3 horas e meia. E é claro, a clássica foto dos "acabados":
Mas a aventura ainda não acabou! Perdemos o trem de volta que parte às 16 horas e teríamos que descer a pé até Porto de Cima, a cidade mais próxima, a 7 Km. Como já era 6 da tarde, teríamos que fazer todo o percurso (uma descida esburacada) no escuro e sem lanterna.
Estávamos numa roubada daquelas. E pior, depois de chegar em Porto de Cima, ainda teríamos que achar um jeito de ir até Morretes (8 Km) para pegar o ônibus que volta pra Curitiba, e seu último horário é 9 da noite, então não teríamos muito tempo pra descanso.
Mas eis que do nada e pra comprovar que sempre tudo dá certo no final, conseguimos carona numa TOYOTA Bandeirante e uma Land Rover dos guardas florestais que estavam indo embora pra Morretes, bem naquela hora que estávamos ali recém-descidos da montanha. ARREGADO!
Nos deixaram direto na rodoviária, muito massa mesmo, salvaram nossa noite e nossa volta pra casa. MUITO OBRIGADO sr. José Maria (TOYOTA) e sr. Não-Sei-O-Nome (Land Rover).
A volta de ônibus foi clássica: dormindo.