Curitiba → Serra do Rio do Rastro → Farol de Santa Marta → Itapirubá → Imbituba → Curitiba
Viagem de 1000 kilômetros e 8 dias, sozinho, para pegar as ondas do sul de Santa Catarina, passando antes pela serra catarinense, feita de 18 a 26 de janeiro de 2001.
A Casa
Esta foi uma viagem solitária e surfística, e como a namorada oficial ficou em curitiba, fui acompanhado da namorada reserva (a TOYOTA), que também serviu de casa onde dormi todas as noites.
Confortável, com colchão (arranquei o banco do passageiro e o de trás pra dar o espaço), travesseiro, coberta (inútil na praia), porta-prancha (feito em casa), varal, cortinas de "blackout" (presas com arame) e luz de teto (gambiarra de 1,99), tudo isso interno, protegido do vento e da chuva.
A Serra
O caminho até Lages não tem muito o que ver. Vai direto pela BR-116. Depois pega a SC-465 (ou coisa asim) em direção à São Joaquim e aí é só se deliciar apreciando a serra catarinense. Destacando-se no caminho além dos morros, as taipas: muros de pedra empilhada das fazendas.
E é claro, a atração máxima do caminho e o motivo de ter vindo pela 116 e não direto pela BR-101: a famosa descida da Serra do Rio do Rastro, com seus mais de 1000 metros de descida forte morro abaixo, com várias curvas, algumas de 180 graus, num visual alucinante.
As Praias
Pra quem não conhece, não sabe o que está perdendo. As praias de Santa Catarina detonam. Águas limpas e transparentes, ondas grandes, gente jovem e saudável, sotaques paranaenses, catarinas e gaúchos pra todos os lados. Bem, a água é gelada e as drogas correm soltas, mas nada que uma roupa de borracha e um "Não, obrigado" não resolvam.
Bem no litoral sul de Santa Catarina, está o Farol de Santa Marta, para chegar até lá vindo de Laguna, tem que pegar a balsa (4 reais, 24 horas). Além do farol, é claro, tem as praias: Prainha, Cigana, Galheta e Cardozo. Esta última, show de onda e tem o Camping "Visual" bem na frente.
De quebra, se o mar estiver palha, é só ir ali do lado nas dunas e fazer um surfe de areia. As dunas não são muito altas, mas dá pra se divertir.
Saindo do farol, subindo a norte pela areia da praia, alguns quilômetros, passa alguns trechos de praia deserta e chega em Itapirubá. Praia com poucas casas, mas bastante comércio, bem aconchegante. Tem a praia norte e a sul, com o tradicional morro separando ambas. As ondas quebram numa ou outra, dependendo da direção do vento. Não tem camping. Para dormir estacionar na beira do mar mesmo.
E subindo mais um pouco, chega-se no município de Imbituba, mais especificamente a Praia da Vila (2 Ls é palha), onde quebraram as melhores ondas da viagem num visual incrível. Além do tradicional morro, duas ilhotas próximas, numa praia de ondas looooooooongas, onde facilmente se pega uma de 20, 30 segundos. Até cansa &:) Tem camping na beira do mar e perto do pico, o Jangadeiro.
Como eu estava surfando, é claro que não fiquei tirando foto das praias.
Os Caminhos
Mas fora o surfe, o segundo maior prazer é o próprio ato de viajar, conhecer lugares novos e se possível, de difícil acesso &:) Botando o 4×4 pra funcionar, brinquei bastante, andando bastante na areia.
No caminho, desatolei uma família de argentinos de um areião...
Além das estradinhas e lamas, subir uns morros. Uns até meios selvagens, com uns cavalos pastando.
E outros com uma estradinha lazarenta e detonada pela erosão (beleza!), como a usada para subir no topo do Morro da Praia da Vila, com direito até a uma mini-floresta no caminho.
A volta é a volta, nada de interessante. Sobe a 101 até Curitiba e pronto.